No passado dia 30 de Janeiro, bem cedo pela manhã, o GFAR partiu rumo a Atarfe, perto de Granada, uma vez mais para participar como grupo convidado na “Final del IV Certamen de Rejoneo de Atarfe”.
Num autocarro apinhado, lá seguimos nós em direcção a terras de nuestros nermanos. A manhã estava fria mas logo a nossa animação a aqueceu. Na primeira paragem para se beber um café (se é que se pode chamar de café àquilo que se bebe em Espanha) demos logo um desbaste no farnel que tínhamos no porão...
Voltámos à estrada, pois Sevilha esperava por nós.
Atravessámos o Guadalquivir e parámos mesmo em frente da Real Maestranza de Caballeria de Sevilla! Ali se apresentava, imponente mas ao mesmo tempo perfeitamente inserida na típica arquitectura Andaluza daquela zona da cidade, o maior símbolo das arenas mundiais. A Torre Eiffel dos ruedos! A Catedral do toureio mundial! O maior poço de História Taurina, já com quase 300 anos de construção e que hoje em dia se encontra perfeitamente adaptado ao séc. XXI! Para muitos era a 1ª vez que entravam na Maestranza e desde logo deram os parabéns ao Cabo pela excelente ideia de se visitar a praça e o respectivo museu. Após a visita onde se tiraram bastantes fotos nos tendidos, e ouvimos uma explicação acerca do nascimento da festa dos toiros e da praça, lá demos uma volta pela cidade, comprando alguns “recuerdos” para quem não nos pôde acompanhar e aterrámos num típico restaurante Andaluz, onde saboreámos umas tapas e bebemos umas canhas. Apesar disto, assim que chegámos ao autocarro, retirámos o farnel e almoçámos num jardim mesmo ao lado de Los Reales Alcazares e a poucos metros da mítica Plaza de España. Após o repasto, lá seguimos viagem já com saudades, pois afinal...“Sevilla tiene un color especial!!”.
A parte mais custosa da viagem foi mesmo depois da última paragem, numa área de serviço depois de Córdoba. Ainda faltavam pouco mais de 100 km mas as horas de viagem já estavam a pesar. Finalmente chegámos a Atarfe e dirigimo-nos logo ao Hotel El Docel, onde já tínhamos ficado em 2008. Pusemos a tralha nos quartos e descemos para o bar, onde mais uma vez aproveitámos o farnel para jantar, sem qualquer tipo de objecção por parte do pessoal 5 estrelas do hotel. Assim que terminou o repasto, saímos para beber um copo num agradável bar perto do hotel, e rapidamente regressámos aos nossos aposentos, pois descanso precisava-se para enfrentar a responsabilidade do dia seguinte.
No dia seguinte pela manhã, alguns de nós acompanharam o Cabo ao Coliseu de Atarfe para assistir ao sorteio dos hastados de Los Millares, enquanto que outros se ficaram pelo hotel a tomar um desayuno de tostadas e café con leche, seguido por uma pequena voltinha pelo pueblo. Juntámo-nos todos ao almoço e após uma breve ovação pela chegada do Zabumba, que apenas se juntou a nós nessa manhã, seguimos para a fardação. O Cabo disse umas pequenas palavras de incentivo à rapaziada, pedindo concentração e dedicação a todos. Não esquecer que era praça cheia, transmissão em directo, ou seja um excelente começo de época. Um incentivo especial aos mais novos (Mazelas e Tiago) que se iam fardar pela 1ª vez. Que melhor estreia poderiam querer!!!??
A Corrida começa e sai o 1º de Los Millares. Novilho não muito bonito, saltitão e de cara alta. Sentiu-se depois dos rojões e aí começou a reservar-se. Corria menos, não ia tanto ao engano e começou a descansar. Para a cara saltou o João Laranjinho, que se encontra num excelente momento de forma. Depois de um sentido brinde à aficción redondense que nos via pelas câmaras do Canal Sur, mostrou-se, citou como mandam as regras mas teve de desmanchar, pois o reservón firmou-se em tábuas e não arrancava. Quando lá voltou, já com o novilho mais afastado das tábuas, mas mesmo assim a pisar-lhe os terrenos, lá o fez arrancar, recuou o suficiente e fechou-se muito bem à córnea aguentando um 1º derrote bem alto, não conseguindo lá ficar porque o novilho perdeu as mãos na viagem e os braços escorregaram nos pitóns, inviabilizando assim a 1ª tentativa. O João é um forcado que quando não pega à 1ª tentativa ainda cresce mais e assim lá foi ele de novo. Ainda desmanchou outra vez antes de arrancar uma excelente pega com o uma excelente 1ª ajuda do Pato Magro e com o grupo a fechar em bloco.
O 2º novilho portou-se muito bem na lide, correu muito mais e entrava bem no capote. Para a pega foi o Nuno Fitas (Sagrado). Na 1ª tentativa esteve mal a reunir, o novilho arrancou-se solto, o Sagrado não o alegrou na altura certa e quando o recebeu não se fechou nem de braços nem de pernas, sendo desfeiteado com alguma violência. Aqui as coisas complicaram-se. Na 2ª tentativa, com o hastado já a olhar de modo diferente o forcado, citou, alegrou o novilho, recebeu muito bem e aguentou uma eternidade fechado à córnea até ser cuspido já perto das tábuas. As ajudas falharam, não se situando onde deviam e não conseguiram aguentar a velocidade do toiro, que se transformou num tren na altura da pega. Forcado da cara e 1º ajuda para a enfermaria, mal tratados devido à violência do embate. Para dobrar o colega e resolver já de sesgo, prontificou-se o Roberto Espigão (Zabumba), que com o grupo a aguentar o embate nas tábuas e a impedir que o novilho tirasse a cara, consumou a pega. No entanto, também o Zabumba se lesionou com gravidade (ruptura de ligamentos no joelho) e mais 4 elementos foram caminho da enfermaria, mas sem nada de grave, apenas o resultado da violência do embate nas tábuas, com os 2 ºC de temperatura que se faziam sentir!! Ainda faltava um. Assim que saiu o último do nosso lote, eis que o Roberto Mataloto (Vigarista), sem dar hipótese a mais ninguém agarra no barrete e fez sinal ao Cabo como que a dizer-lhe “nem te atrevas a dá-lo a outro!!!!” Quando chegou a altura, o Roberto brindou ao público, citou, mandou no toiro, recebeu-o e aguentou-se à barbela e foi muito bem ajudado pelo resto do grupo. Um “velhinho” a mostrar como se faz, para levantar qualquer moral mais baixa depois do 2º novilho. Ovação dos tendidos e um final de tarde mais em conta. Por esta altura já o Sagrado estava de volta à teia com 15 pontos no queixo, faltando apenas o Zabumba, que estava a receber tratamento para estabilizar a perna.
Os nossos companheiros de cartel, os Forcados Amadores do Ramo Grande, pegaram respectivamente à 1ª, 1ª e 2ª tentativas, encerrando uma valorosa participação no Certame.
Após o jantar, com os nossos novos amigos açorianos, de novo de volta à estrada, que a viagem era longa.
Apenas queria aqui deixar mais 3 notas:
Os nossos Parabéns ao Francisco Palha, que foi o grande vencedor do Certame, levando bem alto a Tauromaquia Portuguesa
Um grande abraço aos amigos Terceirenses, que em 6 toiros pegaram 5 à 1ª tentativa. Não acusaram em nada a pressão de pegar em Espanha e com transmissão na TV. São um grupo bem jovem, e em meu nome e do GFAR, desejo-lhes as maiores felicidades para o futuro.
Um enorme abraço para o Zabumba, e os desejos de uma rápida e forte recuperação. Cá estaremos para te ajudar no que for necessário.
PS – as minhas desculpas pela demora na publicação do post, mas foi o que se conseguiu arranjar...
No passado dia 30 de Janeiro, bem cedo pela manhã, o GFAR partiu rumo a Atarfe, perto de Granada, uma vez mais para participar como grupo convidado na “Final del IV Certamen de Rejoneo de Atarfe”.
Num autocarro apinhado, lá seguimos nós em direcção a terras de nuestros nermanos. A manhã estava fria mas logo a nossa animação a aqueceu. Na primeira paragem para se beber um café (se é que se pode chamar de café àquilo que se bebe em Espanha) demos logo um desbaste no farnel que tínhamos no porão...
Voltámos à estrada, pois Sevilha esperava por nós.
Atravessámos o Guadalquivir e parámos mesmo em frente da Real Maestranza de Caballeria de Sevilla! Ali se apresentava, imponente mas ao mesmo tempo perfeitamente inserida na típica arquitectura Andaluza daquela zona da cidade, o maior símbolo das arenas mundiais. A Torre Eiffel dos ruedos! A Catedral do toureio mundial! O maior poço de História Taurina, já com quase 300 anos de construção e que hoje em dia se encontra perfeitamente adaptado ao séc. XXI! Para muitos era a 1ª vez que entravam na Maestranza e desde logo deram os parabéns ao Cabo pela excelente ideia de se visitar a praça e o respectivo museu. Após a visita onde se tiraram bastantes fotos nos tendidos, e ouvimos uma explicação acerca do nascimento da festa dos toiros e da praça, lá demos uma volta pela cidade, comprando alguns “recuerdos” para quem não nos pôde acompanhar e aterrámos num típico restaurante Andaluz, onde saboreámos umas tapas e bebemos umas canhas. Apesar disto, assim que chegámos ao autocarro, retirámos o farnel e almoçámos num jardim mesmo ao lado de Los Reales Alcazares e a poucos metros da mítica Plaza de España. Após o repasto, lá seguimos viagem já com saudades, pois afinal...“Sevilla tiene un color especial!!”.
A parte mais custosa da viagem foi mesmo depois da última paragem, numa área de serviço depois de Córdoba. Ainda faltavam pouco mais de 100 km mas as horas de viagem já estavam a pesar. Finalmente chegámos a Atarfe e dirigimo-nos logo ao Hotel El Docel, onde já tínhamos ficado em 2008. Pusemos a tralha nos quartos e descemos para o bar, onde mais uma vez aproveitámos o farnel para jantar, sem qualquer tipo de objecção por parte do pessoal 5 estrelas do hotel. Assim que terminou o repasto, saímos para beber um copo num agradável bar perto do hotel, e rapidamente regressámos aos nossos aposentos, pois descanso precisava-se para enfrentar a responsabilidade do dia seguinte.
No dia seguinte pela manhã, alguns de nós acompanharam o Cabo ao Coliseu de Atarfe para assistir ao sorteio dos hastados de Los Millares, enquanto que outros se ficaram pelo hotel a tomar um desayuno de tostadas e café con leche, seguido por uma pequena voltinha pelo pueblo. Juntámo-nos todos ao almoço e após uma breve ovação pela chegada do Zabumba, que apenas se juntou a nós nessa manhã, seguimos para a fardação. O Cabo disse umas pequenas palavras de incentivo à rapaziada, pedindo concentração e dedicação a todos. Não esquecer que era praça cheia, transmissão em directo, ou seja um excelente começo de época. Um incentivo especial aos mais novos (Mazelas e Tiago) que se iam fardar pela 1ª vez. Que melhor estreia poderiam querer!!!??
A Corrida começa e sai o 1º de Los Millares. Novilho não muito bonito, saltitão e de cara alta. Sentiu-se depois dos rojões e aí começou a reservar-se. Corria menos, não ia tanto ao engano e começou a descansar. Para a cara saltou o João Laranjinho, que se encontra num excelente momento de forma. Depois de um sentido brinde à aficción redondense que nos via pelas câmaras do Canal Sur, mostrou-se, citou como mandam as regras mas teve de desmanchar, pois o reservón firmou-se em tábuas e não arrancava. Quando lá voltou, já com o novilho mais afastado das tábuas, mas mesmo assim a pisar-lhe os terrenos, lá o fez arrancar, recuou o suficiente e fechou-se muito bem à córnea aguentando um 1º derrote bem alto, não conseguindo lá ficar porque o novilho perdeu as mãos na viagem e os braços escorregaram nos pitóns, inviabilizando assim a 1ª tentativa. O João é um forcado que quando não pega à 1ª tentativa ainda cresce mais e assim lá foi ele de novo. Ainda desmanchou outra vez antes de arrancar uma excelente pega com o uma excelente 1ª ajuda do Pato Magro e com o grupo a fechar em bloco.
O 2º novilho portou-se muito bem na lide, correu muito mais e entrava bem no capote. Para a pega foi o Nuno Fitas (Sagrado). Na 1ª tentativa esteve mal a reunir, o novilho arrancou-se solto, o Sagrado não o alegrou na altura certa e quando o recebeu não se fechou nem de braços nem de pernas, sendo desfeiteado com alguma violência. Aqui as coisas complicaram-se. Na 2ª tentativa, com o hastado já a olhar de modo diferente o forcado, citou, alegrou o novilho, recebeu muito bem e aguentou uma eternidade fechado à córnea até ser cuspido já perto das tábuas. As ajudas falharam, não se situando onde deviam e não conseguiram aguentar a velocidade do toiro, que se transformou num tren na altura da pega. Forcado da cara e 1º ajuda para a enfermaria, mal tratados devido à violência do embate. Para dobrar o colega e resolver já de sesgo, prontificou-se o Roberto Espigão (Zabumba), que com o grupo a aguentar o embate nas tábuas e a impedir que o novilho tirasse a cara, consumou a pega. No entanto, também o Zabumba se lesionou com gravidade (ruptura de ligamentos no joelho) e mais 4 elementos foram caminho da enfermaria, mas sem nada de grave, apenas o resultado da violência do embate nas tábuas, com os 2 ºC de temperatura que se faziam sentir!! Ainda faltava um. Assim que saiu o último do nosso lote, eis que o Roberto Mataloto (Vigarista), sem dar hipótese a mais ninguém agarra no barrete e fez sinal ao Cabo como que a dizer-lhe “nem te atrevas a dá-lo a outro!!!!” Quando chegou a altura, o Roberto brindou ao público, citou, mandou no toiro, recebeu-o e aguentou-se à barbela e foi muito bem ajudado pelo resto do grupo. Um “velhinho” a mostrar como se faz, para levantar qualquer moral mais baixa depois do 2º novilho. Ovação dos tendidos e um final de tarde mais em conta. Por esta altura já o Sagrado estava de volta à teia com 15 pontos no queixo, faltando apenas o Zabumba, que estava a receber tratamento para estabilizar a perna.
Os nossos companheiros de cartel, os Forcados Amadores do Ramo Grande, pegaram respectivamente à 1ª, 1ª e 2ª tentativas, encerrando uma valorosa participação no Certame.
Após o jantar, com os nossos novos amigos açorianos, de novo de volta à estrada, que a viagem era longa.
Apenas queria aqui deixar mais 3 notas:
Os nossos Parabéns ao Francisco Palha, que foi o grande vencedor do Certame, levando bem alto a Tauromaquia Portuguesa
Um grande abraço aos amigos Terceirenses, que em 6 toiros pegaram 5 à 1ª tentativa. Não acusaram em nada a pressão de pegar em Espanha e com transmissão na TV. São um grupo bem jovem, e em meu nome e do GFAR, desejo-lhes as maiores felicidades para o futuro.
Um enorme abraço para o Zabumba, e os desejos de uma rápida e forte recuperação. Cá estaremos para te ajudar no que for necessário.
Num autocarro apinhado, lá seguimos nós em direcção a terras de nuestros nermanos. A manhã estava fria mas logo a nossa animação a aqueceu. Na primeira paragem para se beber um café (se é que se pode chamar de café àquilo que se bebe em Espanha) demos logo um desbaste no farnel que tínhamos no porão...
Voltámos à estrada, pois Sevilha esperava por nós.
Atravessámos o Guadalquivir e parámos mesmo em frente da Real Maestranza de Caballeria de Sevilla! Ali se apresentava, imponente mas ao mesmo tempo perfeitamente inserida na típica arquitectura Andaluza daquela zona da cidade, o maior símbolo das arenas mundiais. A Torre Eiffel dos ruedos! A Catedral do toureio mundial! O maior poço de História Taurina, já com quase 300 anos de construção e que hoje em dia se encontra perfeitamente adaptado ao séc. XXI! Para muitos era a 1ª vez que entravam na Maestranza e desde logo deram os parabéns ao Cabo pela excelente ideia de se visitar a praça e o respectivo museu. Após a visita onde se tiraram bastantes fotos nos tendidos, e ouvimos uma explicação acerca do nascimento da festa dos toiros e da praça, lá demos uma volta pela cidade, comprando alguns “recuerdos” para quem não nos pôde acompanhar e aterrámos num típico restaurante Andaluz, onde saboreámos umas tapas e bebemos umas canhas. Apesar disto, assim que chegámos ao autocarro, retirámos o farnel e almoçámos num jardim mesmo ao lado de Los Reales Alcazares e a poucos metros da mítica Plaza de España. Após o repasto, lá seguimos viagem já com saudades, pois afinal...“Sevilla tiene un color especial!!”.
A parte mais custosa da viagem foi mesmo depois da última paragem, numa área de serviço depois de Córdoba. Ainda faltavam pouco mais de 100 km mas as horas de viagem já estavam a pesar. Finalmente chegámos a Atarfe e dirigimo-nos logo ao Hotel El Docel, onde já tínhamos ficado em 2008. Pusemos a tralha nos quartos e descemos para o bar, onde mais uma vez aproveitámos o farnel para jantar, sem qualquer tipo de objecção por parte do pessoal 5 estrelas do hotel. Assim que terminou o repasto, saímos para beber um copo num agradável bar perto do hotel, e rapidamente regressámos aos nossos aposentos, pois descanso precisava-se para enfrentar a responsabilidade do dia seguinte.
No dia seguinte pela manhã, alguns de nós acompanharam o Cabo ao Coliseu de Atarfe para assistir ao sorteio dos hastados de Los Millares, enquanto que outros se ficaram pelo hotel a tomar um desayuno de tostadas e café con leche, seguido por uma pequena voltinha pelo pueblo. Juntámo-nos todos ao almoço e após uma breve ovação pela chegada do Zabumba, que apenas se juntou a nós nessa manhã, seguimos para a fardação. O Cabo disse umas pequenas palavras de incentivo à rapaziada, pedindo concentração e dedicação a todos. Não esquecer que era praça cheia, transmissão em directo, ou seja um excelente começo de época. Um incentivo especial aos mais novos (Mazelas e Tiago) que se iam fardar pela 1ª vez. Que melhor estreia poderiam querer!!!??
A Corrida começa e sai o 1º de Los Millares. Novilho não muito bonito, saltitão e de cara alta. Sentiu-se depois dos rojões e aí começou a reservar-se. Corria menos, não ia tanto ao engano e começou a descansar. Para a cara saltou o João Laranjinho, que se encontra num excelente momento de forma. Depois de um sentido brinde à aficción redondense que nos via pelas câmaras do Canal Sur, mostrou-se, citou como mandam as regras mas teve de desmanchar, pois o reservón firmou-se em tábuas e não arrancava. Quando lá voltou, já com o novilho mais afastado das tábuas, mas mesmo assim a pisar-lhe os terrenos, lá o fez arrancar, recuou o suficiente e fechou-se muito bem à córnea aguentando um 1º derrote bem alto, não conseguindo lá ficar porque o novilho perdeu as mãos na viagem e os braços escorregaram nos pitóns, inviabilizando assim a 1ª tentativa. O João é um forcado que quando não pega à 1ª tentativa ainda cresce mais e assim lá foi ele de novo. Ainda desmanchou outra vez antes de arrancar uma excelente pega com o uma excelente 1ª ajuda do Pato Magro e com o grupo a fechar em bloco.
O 2º novilho portou-se muito bem na lide, correu muito mais e entrava bem no capote. Para a pega foi o Nuno Fitas (Sagrado). Na 1ª tentativa esteve mal a reunir, o novilho arrancou-se solto, o Sagrado não o alegrou na altura certa e quando o recebeu não se fechou nem de braços nem de pernas, sendo desfeiteado com alguma violência. Aqui as coisas complicaram-se. Na 2ª tentativa, com o hastado já a olhar de modo diferente o forcado, citou, alegrou o novilho, recebeu muito bem e aguentou uma eternidade fechado à córnea até ser cuspido já perto das tábuas. As ajudas falharam, não se situando onde deviam e não conseguiram aguentar a velocidade do toiro, que se transformou num tren na altura da pega. Forcado da cara e 1º ajuda para a enfermaria, mal tratados devido à violência do embate. Para dobrar o colega e resolver já de sesgo, prontificou-se o Roberto Espigão (Zabumba), que com o grupo a aguentar o embate nas tábuas e a impedir que o novilho tirasse a cara, consumou a pega. No entanto, também o Zabumba se lesionou com gravidade (ruptura de ligamentos no joelho) e mais 4 elementos foram caminho da enfermaria, mas sem nada de grave, apenas o resultado da violência do embate nas tábuas, com os 2 ºC de temperatura que se faziam sentir!! Ainda faltava um. Assim que saiu o último do nosso lote, eis que o Roberto Mataloto (Vigarista), sem dar hipótese a mais ninguém agarra no barrete e fez sinal ao Cabo como que a dizer-lhe “nem te atrevas a dá-lo a outro!!!!” Quando chegou a altura, o Roberto brindou ao público, citou, mandou no toiro, recebeu-o e aguentou-se à barbela e foi muito bem ajudado pelo resto do grupo. Um “velhinho” a mostrar como se faz, para levantar qualquer moral mais baixa depois do 2º novilho. Ovação dos tendidos e um final de tarde mais em conta. Por esta altura já o Sagrado estava de volta à teia com 15 pontos no queixo, faltando apenas o Zabumba, que estava a receber tratamento para estabilizar a perna.
Os nossos companheiros de cartel, os Forcados Amadores do Ramo Grande, pegaram respectivamente à 1ª, 1ª e 2ª tentativas, encerrando uma valorosa participação no Certame.
Após o jantar, com os nossos novos amigos açorianos, de novo de volta à estrada, que a viagem era longa.
Apenas queria aqui deixar mais 3 notas:
Os nossos Parabéns ao Francisco Palha, que foi o grande vencedor do Certame, levando bem alto a Tauromaquia Portuguesa
Um grande abraço aos amigos Terceirenses, que em 6 toiros pegaram 5 à 1ª tentativa. Não acusaram em nada a pressão de pegar em Espanha e com transmissão na TV. São um grupo bem jovem, e em meu nome e do GFAR, desejo-lhes as maiores felicidades para o futuro.
Um enorme abraço para o Zabumba, e os desejos de uma rápida e forte recuperação. Cá estaremos para te ajudar no que for necessário.
PS – as minhas desculpas pela demora na publicação do post, mas foi o que se conseguiu arranjar...
No passado dia 30 de Janeiro, bem cedo pela manhã, o GFAR partiu rumo a Atarfe, perto de Granada, uma vez mais para participar como grupo convidado na “Final del IV Certamen de Rejoneo de Atarfe”.
Num autocarro apinhado, lá seguimos nós em direcção a terras de nuestros nermanos. A manhã estava fria mas logo a nossa animação a aqueceu. Na primeira paragem para se beber um café (se é que se pode chamar de café àquilo que se bebe em Espanha) demos logo um desbaste no farnel que tínhamos no porão...
Voltámos à estrada, pois Sevilha esperava por nós.
Atravessámos o Guadalquivir e parámos mesmo em frente da Real Maestranza de Caballeria de Sevilla! Ali se apresentava, imponente mas ao mesmo tempo perfeitamente inserida na típica arquitectura Andaluza daquela zona da cidade, o maior símbolo das arenas mundiais. A Torre Eiffel dos ruedos! A Catedral do toureio mundial! O maior poço de História Taurina, já com quase 300 anos de construção e que hoje em dia se encontra perfeitamente adaptado ao séc. XXI! Para muitos era a 1ª vez que entravam na Maestranza e desde logo deram os parabéns ao Cabo pela excelente ideia de se visitar a praça e o respectivo museu. Após a visita onde se tiraram bastantes fotos nos tendidos, e ouvimos uma explicação acerca do nascimento da festa dos toiros e da praça, lá demos uma volta pela cidade, comprando alguns “recuerdos” para quem não nos pôde acompanhar e aterrámos num típico restaurante Andaluz, onde saboreámos umas tapas e bebemos umas canhas. Apesar disto, assim que chegámos ao autocarro, retirámos o farnel e almoçámos num jardim mesmo ao lado de Los Reales Alcazares e a poucos metros da mítica Plaza de España. Após o repasto, lá seguimos viagem já com saudades, pois afinal...“Sevilla tiene un color especial!!”.
A parte mais custosa da viagem foi mesmo depois da última paragem, numa área de serviço depois de Córdoba. Ainda faltavam pouco mais de 100 km mas as horas de viagem já estavam a pesar. Finalmente chegámos a Atarfe e dirigimo-nos logo ao Hotel El Docel, onde já tínhamos ficado em 2008. Pusemos a tralha nos quartos e descemos para o bar, onde mais uma vez aproveitámos o farnel para jantar, sem qualquer tipo de objecção por parte do pessoal 5 estrelas do hotel. Assim que terminou o repasto, saímos para beber um copo num agradável bar perto do hotel, e rapidamente regressámos aos nossos aposentos, pois descanso precisava-se para enfrentar a responsabilidade do dia seguinte.
No dia seguinte pela manhã, alguns de nós acompanharam o Cabo ao Coliseu de Atarfe para assistir ao sorteio dos hastados de Los Millares, enquanto que outros se ficaram pelo hotel a tomar um desayuno de tostadas e café con leche, seguido por uma pequena voltinha pelo pueblo. Juntámo-nos todos ao almoço e após uma breve ovação pela chegada do Zabumba, que apenas se juntou a nós nessa manhã, seguimos para a fardação. O Cabo disse umas pequenas palavras de incentivo à rapaziada, pedindo concentração e dedicação a todos. Não esquecer que era praça cheia, transmissão em directo, ou seja um excelente começo de época. Um incentivo especial aos mais novos (Mazelas e Tiago) que se iam fardar pela 1ª vez. Que melhor estreia poderiam querer!!!??
A Corrida começa e sai o 1º de Los Millares. Novilho não muito bonito, saltitão e de cara alta. Sentiu-se depois dos rojões e aí começou a reservar-se. Corria menos, não ia tanto ao engano e começou a descansar. Para a cara saltou o João Laranjinho, que se encontra num excelente momento de forma. Depois de um sentido brinde à aficción redondense que nos via pelas câmaras do Canal Sur, mostrou-se, citou como mandam as regras mas teve de desmanchar, pois o reservón firmou-se em tábuas e não arrancava. Quando lá voltou, já com o novilho mais afastado das tábuas, mas mesmo assim a pisar-lhe os terrenos, lá o fez arrancar, recuou o suficiente e fechou-se muito bem à córnea aguentando um 1º derrote bem alto, não conseguindo lá ficar porque o novilho perdeu as mãos na viagem e os braços escorregaram nos pitóns, inviabilizando assim a 1ª tentativa. O João é um forcado que quando não pega à 1ª tentativa ainda cresce mais e assim lá foi ele de novo. Ainda desmanchou outra vez antes de arrancar uma excelente pega com o uma excelente 1ª ajuda do Pato Magro e com o grupo a fechar em bloco.
O 2º novilho portou-se muito bem na lide, correu muito mais e entrava bem no capote. Para a pega foi o Nuno Fitas (Sagrado). Na 1ª tentativa esteve mal a reunir, o novilho arrancou-se solto, o Sagrado não o alegrou na altura certa e quando o recebeu não se fechou nem de braços nem de pernas, sendo desfeiteado com alguma violência. Aqui as coisas complicaram-se. Na 2ª tentativa, com o hastado já a olhar de modo diferente o forcado, citou, alegrou o novilho, recebeu muito bem e aguentou uma eternidade fechado à córnea até ser cuspido já perto das tábuas. As ajudas falharam, não se situando onde deviam e não conseguiram aguentar a velocidade do toiro, que se transformou num tren na altura da pega. Forcado da cara e 1º ajuda para a enfermaria, mal tratados devido à violência do embate. Para dobrar o colega e resolver já de sesgo, prontificou-se o Roberto Espigão (Zabumba), que com o grupo a aguentar o embate nas tábuas e a impedir que o novilho tirasse a cara, consumou a pega. No entanto, também o Zabumba se lesionou com gravidade (ruptura de ligamentos no joelho) e mais 4 elementos foram caminho da enfermaria, mas sem nada de grave, apenas o resultado da violência do embate nas tábuas, com os 2 ºC de temperatura que se faziam sentir!! Ainda faltava um. Assim que saiu o último do nosso lote, eis que o Roberto Mataloto (Vigarista), sem dar hipótese a mais ninguém agarra no barrete e fez sinal ao Cabo como que a dizer-lhe “nem te atrevas a dá-lo a outro!!!!” Quando chegou a altura, o Roberto brindou ao público, citou, mandou no toiro, recebeu-o e aguentou-se à barbela e foi muito bem ajudado pelo resto do grupo. Um “velhinho” a mostrar como se faz, para levantar qualquer moral mais baixa depois do 2º novilho. Ovação dos tendidos e um final de tarde mais em conta. Por esta altura já o Sagrado estava de volta à teia com 15 pontos no queixo, faltando apenas o Zabumba, que estava a receber tratamento para estabilizar a perna.
Os nossos companheiros de cartel, os Forcados Amadores do Ramo Grande, pegaram respectivamente à 1ª, 1ª e 2ª tentativas, encerrando uma valorosa participação no Certame.
Após o jantar, com os nossos novos amigos açorianos, de novo de volta à estrada, que a viagem era longa.
Apenas queria aqui deixar mais 3 notas:
Os nossos Parabéns ao Francisco Palha, que foi o grande vencedor do Certame, levando bem alto a Tauromaquia Portuguesa
Um grande abraço aos amigos Terceirenses, que em 6 toiros pegaram 5 à 1ª tentativa. Não acusaram em nada a pressão de pegar em Espanha e com transmissão na TV. São um grupo bem jovem, e em meu nome e do GFAR, desejo-lhes as maiores felicidades para o futuro.
Um enorme abraço para o Zabumba, e os desejos de uma rápida e forte recuperação. Cá estaremos para te ajudar no que for necessário.
Pelo GFAR, venha vinho!... e TOIROS!
PS – as minhas desculpas pela demora na publicação do post, mas foi o que se conseguiu arranjar...
PS – as minhas desculpas pela demora na publicação do post, mas foi o que se conseguiu arranjar...